Depois
do jantar, David foi a casa de banho lavar os dentes tal como a mãe lhe pedira
e foi para caminha.
A mãe
foi dar-lhe os beijinhos de boas noites pouco minutos depois e saiu do quarto.
David
fechou os olhos, mas voltou logo a abrir quando ouviu a mãe a fechar a porta do
quarto. Olhou para todo o lado um pouco aborrecido e voltou a fechar os olhos,
mas não conseguiu adormecer.
è Mãe, mãe, mãe... – Grita David voltando a abrir os olhos assustado
com silêncio da noite.
A mãe
entra no quarto, acende a luz e aproxima-se do David comum ar preocupada.
è
O quê que foi David? Dói-te
alguma coisa? – Pergunta-lhe a mãe.
è
Não consigo dormir. –
Responde o David a olhar para a mãe com um beicinho.
è
Fechas os olhos que o
sono já te vai aparecer. – Pede a mãe que sobe a mantinha para cima para que o
David se sentisse mais aconchegadinho.
David fechou
os olhos. A mãe afastou-se da cama, apagou a luz e saiu do quarto encostando a
porta.
è
Mãe, MÃEEE… – Grita de
novo o David. Pouco minutos depois.
Entra
o pai a bocejar muito ensonado.
è
Então filho, o que se
passa contigo hoje? - Pergunta o pai depois de ter acendido a luz.
è
Não consigo dormir? – Responde David muito
baixinho.
è
Queres o teu urso de
pelúcia para te fazer companhia? – Pergunta-lhe o pai fazendo-lhe festinha no
braço. David disse que sim com a cabeça e o pai vai então buscar o urso no
armário. Depois volta para perto do David. – Toma! Agora fecha os olhos que o
urso já está a dormir também. Não queres acordar o teu amigo, pois não?
David
apertou o urso de pelúcia com força no seu regaço e fechou os olhos.
O pai
então saiu do quarto a despreguiçar-se muito cansando.
David
aperta os olhos, mas sem conseguir dormir, abre então os olhos e fica a olhar a
sua volta. Olha para a janela, para o tecto do quarto, para o armário e repara
numas estranhas sombras…
è
MEEEEEEEEEEE… – Grita o David muito assustado.
A mãe
também muito assustada com o seu grito entrou no quarto e foi logo para perto
do David.
è
Sim, David! O que aconteceu? – Quis saber a
mãe.
è
Tenho medo do escuro! –
David olha para mãe assustado. – Tenho medo do monstro da noite!
è
Não há monstro nenhum,
meu querido! A mãe já não te disse muitas vezes que os monstros não existem? –
A mãe levanta-se e vai fechar a janela. Depois vira-se para David com uma cara
muito séria e diz: – Vamos lá David! Vamos fechar os olhos e dormir. Vou deixar
a luz do corredor acesa e a porta do quarto aberto, esta bem?
David diz que sim com a
cabeça e fecha lentamente os olhos. A mãe apaga a luz, sai do quarto, mas deixa
a porta aberta e a luz do corredor acesa para dar um pouco de luz no quarto do
David.
è
MÃEEE! – Chama David outra vez um pouco depois
de a mãe sair do quarto.
è
David o que tens hoje? O
pai e a mãe precisam dormir para ir trabalhar amanhã e tu precisas dormir para
amanhã ires para escola. – Diz-lhe o pai entrando no quarto um pouco irritado.
– Não queres ir para escola amanhã?
David
assusta-se mais ainda com os gritos do pai e aperta o urso de pelúcia contra o
peito quase chorando.
è Sim, mas não consigo
dormir. – Responde David a olhar para o pai.
O Pai
dá dois longos suspiros e senta-se sobre a cama.
è
Deixa-me ver… Se calhar
não tens a almofada certa! Queres aquela almofada fofinha e pequena? – Pergunta
o pai e David responde que sim com a cabeça. O pai levanta-se, tira uma
almofada azul pequenina do armário e troca com que o David tem. David deita-se de
lado sem tirar os olhos do pai. – Agora fechas os olhos e tenta dormir que o
pai e mãe também precisam dormir.
David
obedece ao pai e fecha os olhos. O pai sai então do quarto em silêncio e vai de
imediato para o seu quarto.
David
não consegue dormir e grita de novo pela mãe que entra sempre no quarto a toda
pressa com medo de que tivesse acontecido alguma coisa com ele. Mas depois ao
ver que está tudo bem com ele, a mãe tenta acalmar o David com umas palavras
carinhosas, e sai do quarto enquanto o pai faz tudo diferente. Em vez de tentar
acalmar o David, o pai entra no quarto muito irritado, oferece uns brinquedos
ao David e sai do quarto. Ofereceu tantos brinquedos que David ficou na cama
rodeado de bonecos e objetos de brincar.
è
Mãe, mãe, mãe! – Chama o
David pela décima vez e sempre pela mãe.
è
Ele hoje está impossível! Eu já não vou lá. Já
ofereci-lhe todos os seus brinquedos e olha que nem isso resultou. – Comenta o
pai deitado de barriga e complemente exausto.
è
Sinceramente David está muito diferente hoje!
Isto não é nada do David porque ele é de dormir logo que se deita. – Diz a mãe
a levantar-se da cama. – Bem, vou lá ver o que se passa com ele, porque começo a
ficar mesmo preocupada.
A mãe sai do seu quarto e segue para o quarto do
David a arrastar os pés de tão cansada.
è
Então David, o que se
passa contigo hoje? Há quase três horas que estamos nisso, tu chamas-me, depois
dizes que não consegues dormir, depois voltas a chamar-me com a mesma desculpa.
Dói-te alguma coisa? Tens alguma coisa que me queres dizer?
è
Não consigo dormir. – Responde de novo David
fazendo aquele beicinho de menino tristinho.
A mãe solta um grande suspiro e
pega numa caixinha em cima da mesa da cabeceira.
è
Pronto, não faz mal! Vou pôr a tocar aquela
tua musica que ajudava a adormecer quando eras muito pequenino. Quem sabe ainda
não te ajuda a adormecer. – A mãe puxa a corda do boneco e começa a tocar uma
música de embalar. Depois coloca a caixinha em cima da mesa e olha para Davis
com um sorriso cansado. – Agora fecha os olhos e ouve a música que de certeza
vai te ajudar a dormir.
David olha para a mãe e fecha os olhos. A mãe
levanta-se da cama e afasta-se em bicos de pés para não fazer muito barulho.
è
Mãe! – Chama-lhe David
mesmo antes de sair do quarto.
è
David, eu não te pedi para fechar os olhos e
ouvir a música. Ainda está a tocar, por isso, tenta dormir, meu querido. –
Pede-lhe a mãe virando-se para ele.
è
Mãe contas-me uma
história. – Pede David quase sussurrando.
è
Uma história? – Pergunta
a mãe muito surpreendida com o pedido. Ela aproxima-se então de novo da cama do
David e senta-se – Mas tu nunca foste de ouvir história.
è
Quero ouvir uma história! Conta-me uma
história, mãe. Conta! – Insiste David a olhar para a mãe.
è
Está bem! Que história é que queres que conte?
– Pergunta-lhe a mãe um pouco curiosa.
è
Não sei.
è
Tudo bem, tudo bem!
Deixa-me pensar numa história. – Pensativa, a mãe olha ao seu redor a procura
de algo que lhe desse a inspiração. – Então é assim: Era uma vez menino que se
chamava David. Ele era um menino muito especial e muito brincalhão, por isso,
passava o dia todo a brinca com os amigos…
A mãe continua contando a sua história e passados
minutos quando vira o olhar para o David para ver se ele estava a gostar da
história, surpreendesse com ele a dormir.
è
Não acredito! Ele adormeceu!
– Exclama a mãe muito admirada. Foi então que percebeu que David só precisava
de ouvir uma história para poder adormecer tranquilamente.
Aquela noite agitada foi uma grande lição de vida
tanto para mãe quanto para o pai porque a partir desse dia, passaram a contar
todos os dias uma história ao David logo que ele vai para cama e David nunca
mais teve dificuldade de para adormecer.
Uma pequena história para as crianças, inventadas por mim. Apesar das dificuldades que tive em expressar ou colocar as ideias em ordens antes de pô-las em prática, devo dizer que diverti-me muito a escrever essa história.
Um dia estava eu a imaginar-me com um filho, disse as minhas amigas e um dos concelhos que elas me deram é que ter um filho é de ter demasiado responsabilidade, que ainda sou muito nova para isso e que devo planear a minha vida em particular antes de pensar na hipotese de ter um filho... ahahahah, o que elas não perceberam é que eu só estava a imaginar-me com um filho e como seria cuidadar dele.
O medo delas é que o bébe não as deixem dormir e dos choros que fazem durante a noite.
Foi então que tive essa ideia de escrever essa pequena histÓria. Espero que gostem!!!
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