sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Banda desenhada infantil


atirei o pau ao gato

namoro na praça

É ELA


Raquel, uma menina responsável, mas que gostava de se divertir, morava numa bela vivenda com a sua mãe e a sua irma mais velha cátia.                                                       Todas contribuíam nas arrumações da casa e desta vez era a vez da Raquel de lavar a loiça. Acabando de jantar e de levantar a mesa, colocou os pratos e os copos no lava-loiças, tirou o detergente e começou a lavar.                                                               Estava quase a acabar quando o telemovel da irmã começa a tocar, Cátia corre para atender o telemovel.                                                                                                                 –O que? Uma festa? Claro que vou! Vou-me só arranjar.                                                                                   Quando ia a sair a Raquel foi ter com ela.
-Também posso ir?
-Claro que não! És demasiado nova para sair.
-já tenho 15 anos!
-pois, ainda és uma bebê! MÃE VOU SAIR, NÃO SEI A QUE HORAS VOLTO!
E bateu com a porta. Raquel ficou triste, realmente queria ir a festa, mas de seguida teve uma idéia.                
-A tua irmã saiu de novo? Essa miúda não tem emenda, um dia destes canso-me e mando-a para o teu pai.
-já devias ter feito isso! – disse Raquel a bocejar.
-Talvez... – disse a mãe pensativa.
-Bem mãe vou dormir, estou cheia de sono!
-mas ainda são 20:30 e amanha e sábado.
-mas tenho sono!
-ok... Antes de dormir posso pelo teu quarto.
-sim mãe.
“A minha mãe vai dormir por volta da 00h15min, assim que passa pelo meu quarto por volta da 00h05min” pensou a Raquel.
Foi para o seu quarto e esperou, abriu suavemente a porta e reparou que a mãe estava completamente concentrada no filme, nem deu conta pela Raquel dirigir-se para o quarto da irmã.
Raquel fechou a porta e acendeu a luz, naquela noite queria ser mais que apenas um “bebê”.
Foi ao armário da irmã e tirou o seu vestido preferido. Um cai-cai vermelho que lhe ficava um pouco acima do joelho. Colocou um fio com um coração e brincos a condizer.
Abriu a janela e foi para a varanda, lançou os saltos para o andar de baixo  e depois desceu por uma arvore, calçou os sapatos e apanhou o primeiro taxi que apareceu e seguiu rumo a festa.
Quando entrou viu muita gente a dançar e a beber, a musica era mexida, assim que na primeira oportunidade foi a correr para a pista dançar.
Um rapaz chegou-se de mansinho ao pe dela e começou a dançar, quando Raquel reparou nele, fugiu indo na direção do bar, sentou-se a pensar quando ouve um barulho a sua frente, quando olha vê um copo com uma bebida cor-de-rosa.
-Não pedi isto!
-Mas alguém o pediu para si! – disse o garçom.
-Quem?
-Aquele...   Olhe, desapareceu... Mas era um rapaz lindo!
-hum... –Raquel sorriu, bebeu tudo até ao fim, era uma bebida mesmo muito boa.
Depois da bebida deu-lhe uma enorme vontade de dançar, assim que se levantou e foi a correr para a pista, sem saber que estava a ser observada...
Ao fazer um movimento brusco, o seu brinco saltou sem ela dar conta, olhando de relance para o relógio, percebeu-se que estava na hora de ir para casa, só estranhou o fato de ao ter visto a irmã nem uma única vez.
Saiu da festa e entrou em casa da mesma maneira, depois passando para o seu quarto sem que a mãe desse por isso, foi mesmo a tempo, pois a sua mãe já se preparava para ir ao seu quarto, só teve tempo de se enfiar na cama e fingir que estava a dormir.
Adormeceu mesmo com aquela roupa, de manha, já arrumada para ir para a escola foi apanhar o autocarro esquecendo-se de tirar o único brinco que possuía.
Chegando a escola foi diretamente ter com a Cristina, a sua melhor amiga.
-bom dia.
-bom dia Raquel... Falta-te um brinco.
-a serio? Não tinha dado por isso, pensava que os tinha tirado.
-pelos vistos esqueceste-te de um!
-pois.
Estavam as duas a passear antes das aulas quando a Cristina vê algo...
-aquele não e o rui?
-sim e, ele vem para aqui?
-parece que sim...
Rui, o rapaz mais popular da escola dirigia-se a elas.
-olá, isto e teu?- perguntou-lhe rui mostrando um brinco.
-sim e! Onde o encontras-te?
- ontem na festa, tinha a certeza que era teu!
-obrigada.  – ele deu-lhe o brinco e de seguida beijo-a, depois desse beijo vieram muitos mais que fez com que a historia continuasse. 
                                                                                  FIM


Autoria de: Jéssica ribeiro  e   Monica silva    10ºPTAI
                                                                                                      

Página de um diário de uma bota

Hoje aconteceu-me uma coisa bizarra e muito estranha.
Estava eu  debaixo da cama a dormir quando senti que estava a ser puxada  para fora por uma vassoura.  Quem me tinha puxado era a minha querida dona que há 5 anos  não me via. Tanto que ela ficou espantada por me ver de novo . A primeira coisa que ela disse foi “ òh! Olha a minha bota feia!” Bota feia era a minha alcunha, que me colocaram e não sei porque ( de todos os sapatos que haviam na loja onde estava antes, eu era a que mais chamava a atenção das pessoas).
Ela agarrou logo numa toalha e limpou-me, tirando todo o pó que se tinham acumulado em do lado de fora. Eu, que estava mais castanho que rosa, voltei a ser rosa muito brilhante. Fiquei tão rosa que quando me vi ao espelho ( Porque ela  tinham-me colocado no chão perto do espelho), quase gritei de espanto, mas depois lembrei-me de que os sapatos não têm bocas, por isso não podia gritar.
Do quarto ouvi a minha dona a dizer que tinha encontrado a bota que pensava que se tinha perdido. De seguida, ouvi os passos dela a aproximarem-se do quarto. Naquele preciso momento, ela vestiu-se toda de cor-de-rosa e o que faltava era um sapato para combinar com o vestuário. Então, ela sentou-se em cima da cama e tentou calçar-me. Por mais que ela se esforça-se os pés dela não cabiam em mim. Então, ela chateou-se, ficou cansada e atirou-me contra a parede com toda a sua força.
Até parecia que a culpa era minha por os pés dela terem crescido durante esses 5 anos que se passaram.
Calçou outras botas, que não era como eu e tinha os fechos sempre avariados. Quanto a mim, ela meteu-me num saco de plástico e foi-me deitar no caixote do lixo. E lá fiquei a pensar que me iam transformar numa outra coisa ou então queimar-me. Mas aconteceu algo de que não estava nada à espera. Apareceu uma miúda pouco mais nova que a minha ex-dona e levou-me com ela. Pouco tempo depois estava eu nos pés dela e ela achou-me a bota mais linda que tinha visto.



Autoria de:  Mónica silva

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

a historia do menino e o burro

O burrico vinha trotando pela estrada.
De um lado vinha o velho, puxando o cabresto.
Do outro vinha o menino, contente, que o dia estava fresquinho e o sol
brilhava no céu.
Sentados no barranco estavam dois homens.
No que viram o burro mais o velho e o menino, um cutucou o outro:
– Veja só, compadre! Que despropósito! Em vez do velho montar no
burro, vem puxando ele!
velho e o menino se olharam.
Assim que viraram na primeira curva, o velho parou o burro e montou
nele.
menino segurou o cabresto e lá se foram os três, muito
satisfeitos.
Até que perto da ponte tinha uma casa com uma mulher na janela.
– Olha só, Sinhá, venha ver o desfrute! O velho no bem-bom, montado
no burro, e o pobre do menino gramando a pé!
velho e o menino se olharam de novo.
Assim que saíram da vista da mulher, o velho desceu do burro e
botou o menino na sela.
E foram andando um pouco ressabiados, o velho puxando o burropelo
cabresto, pensando no que o povo podia dizer.
Logo logo, passaram numa porteira onde estava parada uma velha mais
uma menina.
– Mas que absurdo, minha gente! Um velho que nem se agüenta nas
pernas andando a pé, e o guri, bem sem-vergonha, escanchado no burro!
Os dois se olharam e nem esperaram.
velho mais que depressa montou na garupa do burro e lá se foram
os três.
Dali a pouco encontraram um padre que vinha pela estrada mais o
sacristão:
– Olha só, que pecado, onde é que já se viu? O pobre do burro,
coitadinho, carregando dois preguiçosos! Mas isso é coisa que se faça?
velho e o menino, desanimados, desmontaram e nem discutiram:
saíram carregando o burro.
Mas nem assim o povo sossegou!
Cada vez que passavam por alguém, era só risada!
– Olha só os dois burros carregando o terceiro!
Quando chegaram em casa, o velho sentou cansado, se assoprando:
– Bem feito! — ele dizia. — Bem feito!
– Bem feito o quê, vô?
– Bem feito pra nós. Que a gente já faz muito de pensar pela
própria cabeça, e ainda quer pensar pela cabeça dos outros. Agora eu
sei por que é que meu pai dizia:
Quem quer agradar a todos
a si próprio não faz bem!
Pois só faz papel de burro
e não agrada a ninguém!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A HISTÓRIA DA FORMIGUINHA E A NEVE!!!! (JOÃO DE BARROS)

Certa manhã de inverno, uma formiguinha saiu para seu trabalho diário. Já ia muito longe, à procura de alimento, quando um floco de neve caiu - pim! - e prendeu o seu pezinho! Aflita, vendo que não podia livrar-se da neve e iria assim morrer de fome e de frio, voltou-se para o Sol e disse:
- Oh, Sol, tu que és tão forte, derrete a neve e desprende meu pezinho... E o Sol, indiferente nas alturas, falou:
- Mais forte do que eu é o muro que me tapa! Olhando então para o muro, a formiguinha pediu:
- Oh, muro, tu que és tão forte, que tapas o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o muro que nada vê e muito pouco fala respondeu apenas:
- Mais forte do que eu é o rato que me rói! Voltando-se então para um ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou:
- Oh, rato, tu que és tão forte, que róis o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... Mas o rato, que também ia fugindo do frio, gritou de longe:
- Mais forte do que eu é o gato que me come! Já cansada, a formiguinha pediu ao gato:
- Oh, gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o gato, sempre preguiçoso, disse bocejando:
- Mais forte do que eu é o cão que me persegue! Aflita e chorosa, a pobre formiguinha pediu ao cão:
- Oh, cão, tu que és tão forte, que persegues o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o cão, que ia correndo atrás de uma raposa, respondeu sem parar:
- Mais forte do que eu é o homem que me bate! Já quase sem forças, sentindo o coração
- Oh, homem, tu que és tão forte, que bates no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o homem, sempre preocupado com seu trabalho, Respondeu apenas:
- Mais forte do que eu é a morte que me mata! Trêmula de medo, olhando a morte que se aproximava, a pobre formiguinha suplicou:
- Oh, morte, tu que és tão forte, que matas o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E a morte, impassível, respondeu:
- Mais forte do que eu é Deus que me governa! Quase morrendo, a formiguinha rezou baixinho:
- Meu Deus, tu que és tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E Deus, então, que ouve todas as preces, sorriu. Estendeu a mão por cima das montanhas e ordenou que viesse a primavera! No mesmo instante, a primavera desceu sobre a Terra, enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos! E, vendo a formiguinha quase morta, gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o Sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores!