sexta-feira, 20 de abril de 2012

A Bela e a Fera





Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas

três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso

era chamada de "BELA".

Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as

suas filhas e disse:



— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei

presentes. O que vocês querem? - As irmãs de Bela pediram

presentes caros, enquanto ela permanecia quieta.



O pai se voltou para ela, dizendo :



— E você, Bela, o que quer ganhar?



— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não

crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.



O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para

a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por

muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando,

a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por

furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho.

Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de

repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe

restavam dirigiu-se para aquela última esperança.

Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e

acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu

entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. O interior,

realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de

maneira esquisita.

O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e

percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e

vinho delicioso.

Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois

pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma

grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou,

adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas

limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai

de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não

havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira

com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela. Parou

e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um

rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:



— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as

minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te!



O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos

deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs,

então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma

de suas filhas em seu lugar.

Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos

pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela

aproximou-se dele e lhe disse:



— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É

justo que eu vá...



De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida.

Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino.



Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia

descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva.

Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa,

quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição

com caracteres dourados: "Apartamento de Bela".

Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e

esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim.

Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta.

Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada,

retornou e fugiu através da salas. Alcançada a última, percebeu

que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar

piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e

suplicante lhe disse:



— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo ; mas não

sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te

agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes, honrar-me

com tua presença no jantar.



Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, bela consentiu e ao

fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada.

Passaram juntos muitas semanas e Bela cada dia se sentia

afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil,

culto e educado.

Uma tarde , a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:



— Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que

me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo?



A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para

ganhar tempo, disse:



— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir

conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo!



A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela

que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias

voltaria.

Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos,

pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e

a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que

acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu

que já haviam transcorridos bem mais de sete.

Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira.

Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio.

Perto da roseira encontrou a Fera que morria.

Então, Bela a abraçou forte, dizendo:



— Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só

uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.



Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso

radioso e diante de grande espanto de Bela começou a

transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e

disse:



— Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo

monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e

tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora?



Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes

e apaixonados.

1 comentário:

Unknown disse...

um conto de fada de uma bela rapriga e um monstro que se apaixonaram profundamente, é sem duvida um conto de fada.É uma história muito linda e termina com finais felizes o que todos gostam. já tinha visto o filme, só que era uma história diferente com uma outra versão, mas ambas são lindas.